É um prazer enorme poder compartilhar uma mensagem de esperança e positivismo acerca deste Universo do Autismo. Existem muitas iniciativas positivas, mas infelizmente o que vemos na maioria das vezes é o tema ser negligenciado pela mídia, pelos governantes, pela sociedade e pelas próprias famílias que encaram esta vivência como uma tragédia sem fim…
Sou natural de Campinas, SP e sou mãe de duas crianças que me dão alegrias infinitas Tiago, sete anos e Bianca três anos.
Muitas vezes relatei sobre o diagnóstico do meu filho, autismo infantil, efetivado após um ano de consultas a três especialistas de cada área (neuro e psiquiatria) na idade de três anos e oito meses. Ser autista ao contrario do que muitos pensam (inclusive mães de autistas) não o sentencia e nem o define como pessoa.
Enxergo meu filho, o ser humano que ali se encontra além do autismo… É o menino mais lindo que eu já vi, mais uma vez me desculpem os que têm idéias pré concebidas sobre o autismo, mas a síndrome não tem uma “cara”, uma deficiência aparente como muitos acreditam. Tiago é doce, calmo, agitado apenas em termos de vitalidade, é inteligente, amoroso, perspicaz, detalhista e cheio de manias (nisso puxou a mãe). Tenho notado que muitas mães, amigas, professores e até familiares mais próximos vêem no autismo um tragédia, um fardo terrível, e muitos não compreendem como eu “carrego” esse fardo tremendamente feliz, realizada, bem vestida, cheirosa e maquiada, pois minha obrigação moral era ser deprimida, triste e acabada…Desculpem frustar alguns mas não é isto que Deus quer de mim….Para tentar mudar essa idéia de enterro que ronda as mães “especiais “, (também não gosto dessa idéia de anjo azul, anjo pra mim é algo que a gente venera, que está lá no céu protegendo a gente) e meu filho é uma criança terrena( não é nenhum ET) e está aqui bem próximo de mim tendo uma infância NORMAL sem nenhum drama.
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