Tratamentos Biomédicos para o Autismo
Os Tramentos biomédicos são baseados em pesquisas bioquímicas e biomédicas feitos por vários profissionais em várias partes do mundo. Um dos pioneiros deste movimento foi um psicólogo e pesquisador norte americano, o finado Dr. Bernard Rimland que fundou na California o ARI (Autism Research Institute) e a Autism Society of America (ASA). O Dr. Rimland acreditava que o autismo é causado, na maioria dos casos, por causas biológicas ou físicas, derrubando para o alívio de muitas mães, a teoria da “mãe refrigerador” em que acreditava-se naquela época que o autismo era causado por falta de amor das mães. O seu trabalho mostrou-se eficiente, e ele ajudou na recuperação de mais de 1100 pacientes com autismo, comprovados com vídeos de antes e depois do tratamento, além disso ajudou a vários outros milhares a receberem melhoras significantes. Nos dias atuais, o tratamento biomédico completo, dependendo dos resultados dos exames, geralmente envolve intervenção dietética, nutricional, suplementação vitamínica, e pode incluir o uso de medicamentos homeopáticos. Graças ao trabalho do Dr. Rimland e de muitos outros pesquisadores no ramo, da força dos pais no Brasil, e da tecnologia disponível para fazer possíveis exames, o tratamento biomédico está se tornando o tratamento primário do autismo no Brasil. Desde 2007, com o apoio dos pais brasilieiros, o Laboratório Great Plains (GPL) através de uma parceria com a Autismo Infantil, tem formado presença no Brasil ajudando a diseminar o tratamento biomedico, providenciando exames que mostram indicadores que guiam na colaboração do tratamento em pessoas autistas. A Autismo Infantil (www.autismoinfantil.com.br) é uma organização disseminadora de informação sobre o tratamento biomédico no Brasil, ajudando a pais e a profissionais através de tradução de informação, promovendo congressos informativos e vídeos para pais e profissionais interessados. Juntos temos investido para compartilhar esperança com milhares de país que antes não sabiam o que fazer com seus filhos que eram diagnósticados com o autismo. Em maio de 2007 foi oferecido no Brasil o primeiro congresso sobre tratamentos biomédicos para pais, e logo em seguida um congresso de treinamento médico para profissionais da área de saúde. Alguns profissionais aderiram a essa luta contra o autismo, e hoje são colaboradores importantes nessa luta que apenas começou, desde então temos tido anualmente pelo menos um congresso sobre o tratamento biomédico no Brasil. Pelo fato de ainda não existir esses exames especializados no Brasil, é necessário fazer-los no exterior. Para fazer esse tratamento no Brasil, os profissionais fazem o pedido de exames baseados na necessidade de cada paciente, uma vez em contato com o Laboratorio Great Plains, os pacientes recebem em casa um kit de coleta, onde contém todo o material necessário para coleta e envio das amostras para os EUA. Os exames geralmente envolvem coleta de sangue, urina, fezes e cabelo. Esses exames vão pesquisar o corpo do paciente por transtornos que são geralmente comuns no autismo como anormalidades em ácidos orgânicos, intolerâncias alimentares, contaminação com metais pesados e proliferação de leveduras. Esses problemas quando encontrados, são resolvidos de forma natural e eficiente. Os Exames laboratoriais mostram que muitas crianças no espectro têm alergias a diversos alimentos, principalmente a alimentos que contém o glúten (proteína encontrada em grão como trigo e cevada) e a caseina (proteína do leite). Pelo fato dessas proteinas ser de difícil digestão por pacientes no espectro, essas proteínas acabam escapando para rede sanguínea em forma de peptídeos, os quais têm estrutura molecular semelhante a opiáceos, afetando o cérebro de forma semelhante a norcóticos como a morfina. Crianças com intolerâncias ao glúten e à caseina costumam viciar-se a alimentos que possuem essas proteínas, e na maioria das vezes esse problema é despercebido pelos pais que não tem conhecimento desse fato. Existem alguns pacientes que rejeitam qualquer outro alimento, preferindo apenas se alimentar de leite e pão, ficando então presas em um ciclo de dependência bioquímica. A dieta sem glúten e sem caseina tem o objetivo de liberar o paciente dessa dependência, possibilitando uma dieta mais variada e nutritiva. Outros problemas que o tratamento biomédico ajuda a reduzir, são problemas gastrointestinais, geralmente resolvendo o problema de leveduras e repopulando a flora gastro-intestinal com lactobacillus e outros probióticos. Também, a deficiência vitamínica é comum pelo fato de pessoas com autismo terem uma capacidade reduzida de absorção gastrointestinal, nesse caso, muitas vezes as vitaminas do complexo B são muito escassas, tendo entre elas a vitamina B6 que é necessária na síntese de vários neurotransmissores e sua integração tem sido associada com melhora na atenção e fala. Somente sabemos que estamos no caminho certo quando vemos que estamos alcançando resultados, e isso já estamos tendo muito com os tratamentos biomédicos, pois os Doutores tem reportado resultados nunca vistos antes com outros tratamentos para o autismo, tais como pacientes que eram considerados crianças impossíveis, e agora estão indo bem na escola, crianças que não falavam, e agora falam, além de pacientes que viviam em cárcere privado e hoje andam nas ruas pacificamente. Se todo o Brasil continuar seguindo na mesma direção, com entidades e profissionais se unindo para alcançar o mesmo objetivo, sabendo que o tratamento biomédico, integrado com o terapêutico, nutricional e pedagógico abrirá a porta para uma vida com um grande potencial.
Referências
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